Eu só sonho horrores hilários.

Sinto hoje, agora, já; o amor de uma paixão que eu nem sei se virá.

O que é se entrega ao que está prestes a ser: tudo, tudo verte em uma arte fractal: pequeninos sonhos como as bases do meu dna.

E nas lembranças falsas eu continuo a procura através do sonho, nu entre raízes corcundas e folhas desidratadas vestindo apenas meias demasiado confortáveis para garantir segurança perante as intempéries do mundo.

Mas nós assoamos nossos sonhos e os jogamos no lixo para que não nos atrapalhem ao atropelarmos nosso íntimo com sexo hostil, amizade nociva e família original de fábrica.

Uma parte de ti eu já conhecia dos meus sonhos e o restante eu adivinhei com o corpo.

Sempre tentei galgar algo que não estava lá, um floco de sonho.

Eu acredito na interpretação de sonhos, através de eletrodos.

Tocar o sonho o estilhaça em turbilhão de pétalas, eu sei porque o abracei.