30 Quotes by Daron Acemoğlu

A estrutura institucional que gera as falhas do mercado também impede a implementação de intervenções destinadas a melhorar os incentivos ao nível micro. Tentar forjar a prosperidade sem combater a causa profunda dos problemas – as instituições económicas e as circunstâncias políticas que as mantêm – não produzirá, provavelmente, frutos.

Os mercados podem ser dominados por umas quantas empresas que cobram preços exorbitantes e impedem a entrada nos mesmos de rivais mais eficientes bem como de novas tecnologias. Entregues a si próprios, os mercados podem deixar de ser inclusivos, sendo cada vez mais dominados pelos poderosos nos planos económico e político.

Deixar que as pessoas tomem as suas próprias decisões através dos mercados é a melhor maneira de uma sociedade utilizar eficientemente os seus recursos. Quando todos estes são controlados pelo Estado ou por uma pequena elite, não criados os incentivos certos nem haverá uma atribuição eficiente das competências e talentos das pessoas.

Whether it is North Korea, Sierra Leone, or Zimbabwe, well show that poor countries are poor for the same reason that Egypt is poor. Countries such as Great Britain and the United States became rich because their citizens overthrew the elites who controlled power and created a society where political rights were much more broadly distributed, where the government was accountable and responsive to citizens, and where the great mass of people could take advantage of economic opportunities.

Sem o petróleo, os países do Médio Oriente são também todos pobres. (…) Foi a expansão e consolidação do Império Otomano, e é devido ao legado institucional desse império que o Médio Oriente continua a ser pobre atualmente.

Qualquer fenómeno social complexo, como, por exemplo, as origens das diferentes trajetórias económicas e políticas de centenas de sociedades no mundo inteiro, tem provavelmente uma infinidade de causas, o que leva a maioria dos cientistas sociais a rejeitar as teorias monocausais, simples e de caráter muito geral, procurando antes explicações diferentes para resultados aparentemente semelhantes que surgem em épocas e locais diferentes.

O círculo vicioso baseia-se em as instituições políticas extrativas criarem instituições económicas extrativas, que, por sua vez, apoiam as instituições políticas extrativas, porque a riqueza e o poder económicos compram o poder político. (…) A essência da lei de ferro da oligarquia, esta faceta particular do círculo vicioso, é que os novos líderes que derrubam os antigos com promessas de mudança radical se limitam a trazer mais do mesmo.

Na realidade, o primado do direito não é imaginável num contexto de instituições políticas absolutistas. É uma criação de instituições políticas pluralistas e das amplas coligações que apoiam esse pluralismo. Só quando muitos indivíduos e grupos podem influenciar as decisões e têm poder político para se sentar à mesa das negociações é que a ideia de que todos deveriam ser tratados de uma forma equitativa começa a fazer sentido.

A centralização política gera resistência pela mesma razão que os regimes absolutistas se opõem à mudança: o frequentemente justificado medo de que a mudança retire o poder político àqueles que atualmente o detêm e o redistribua por indivíduos e grupos novos. Assim, tal como o absolutismo impede os avanços para o pluralismo e para a mudança económica, também as elites e clãs tradicionais dominantes nas sociedades onde não há centralização do Estado o fazem.