Sigo fragmentos cinéticos de mim, estilhaços que desenvolveram ideais e sentimentos próprios.

Eu trago trancado em mim o inferno no qual me trancaram e jamais permitiria despejar tal destino contra teus ombros miúdos, ainda em processo de crescimento e formação.

As palavras se cristalizaram em mim, nucleação da profecia.

O vidente evidencia a vida em visões e meus olhos se cegaram para as verdades menores e apenas o supersônico das microfraturas me guia na escuridão forjatriz.

Durante tanto tempo adormecido, me acumulando no fundo do rio, neste leito de morte eu desperto do torpor.

Senti sem ti destino sentido sentido destino.

Mas há forças ainda maiores operando no plano: cada indivíduo, um verbo no infinitivo à espera de conjulgação.

Mas quem eu ainda nem sou já me chama, me seduzindo com vislumbres de um outro que não consigo nem pronunciar muito menos decifrar.

Eu, corpo celeste, atravesso o cosmos em rota de colisão com o, o cataclisma que me forjou e me esquartejou pelos confins da galáxia.