Envio num beija-flor, coração com asas, recados para sabe amores quem.

Sigo fragmentos cinéticos de mim, estilhaços que desenvolveram ideais e sentimentos próprios.

As palavras se cristalizaram em mim, nucleação da profecia.

O vidente evidencia a vida em visões e meus olhos se cegaram para as verdades menores e apenas o supersônico das microfraturas me guia na escuridão forjatriz.

Com ou sem compania eu continuo minha dança morfocromática bailando a ressurreição do mundo.

Eu bóio na superfície do mundo inteiro até descobrir onde mergulharei.

De um passado sombrio a um futuro brilhante eu desembrulho um presente misterioso.

Dilúvios e mais dilúvios escorriam dos meus olhos a me banhar, me naufragar, me afogar no lago da sabedoria do qual um dia eu emergiria?

Mas há forças ainda maiores operando no plano: cada indivíduo, um verbo no infinitivo à espera de conjulgação.