Se tenta compensar o horror com beleza, mas as coisas não se anulam, apenas se somam ainda mais; sobrepondo-se umas as outras, esmagando-as, triturando-as.

Num mundo perfeito isento de erros e horrores não escrevo crítica social nem manifesto político, eu escrevo apenas beleza.

Eu teço uma beleza florida por feridas, petrificada por lágrimas, estancada por beijos.

De beleza estoica e estática a beleza poética e fluída eu escrevo um tecido holográfico.

Desta vez fiquei um pouco pela cena do crime enquanto assistia admirada a beleza temível do fogo encantar tudo com seu toque destruidor.

Tu irradias tanta beleza... que dá vontade de morrer em ti.

– Me deixe ver a tua beleza interior. – digo balançando o bisturi.

A beleza exerce um fascínio o qual me disponho a contemplar convertendo o tédio em êxtase.

A beleza, benção do meu olhar conferida à matéria bruta prenuncia ainda mais beleza.