Me levantei assustada sobre a cama, buscando minhas feições com as mãos e ali já aliviada encontrei a face com a qual me mascaro.

Um cansaço de piscina pousou sobre meu nariz cobrindo minha face com suas asas alienígenas.

Uma lágrima ousou escorrer por entre uma das rugas, vales erodidos pela roda dentada do tempo que tem talhado minha face desde idade tenra.

Novidades brotam em mim arranhando a face interna de meu rosto e caso eu não as exorcize via escritura irromperão em tentáculos através de minha boca e narinas, pálpebras e orelhas.

Toda dor não originária de jogar óleo fervente na própria face constitui sacanagem.

E antes de enlouquecer de vez a tua face brande em brasas através de mim. E eu, eu te amei.

A máquina social esmaga o cidadão, gargareja o suco gástrico e o cospe na face da próxima vítima.