Já sofri minha cota de chacota; não preciso deste purgatório, não mereço este inferno e esfaquearei aberto o próprio limbo se necessário.

Aqui tudo vive regrado por um toque de recolher que nunca veio mas que levou tudo de bom consigo para o inferno.

Empurrei meu corpo pra morte, enfim derrotada; me larguei sobre uma encosta íngreme e indevassável; caí rolando, esfolada por pedregulhos, esfaqueada por galhos até um córrego de esgoto? O qual continuou me empurrando para o além, próximo à morte, longe da vida; colado ao verso do inferno.

Caramelizados até o inferno os móveis secretavam sabe demônios quais gorduras, óleos e cera.

O ser sinistro avolumou-se por completo por cima de mim e me deu um abraço que não apenas me mataria, mas também me arrastaria pelas tripas até o inferno o mais infinitamente gritante e ardido em carne viva.

Gritarei para sempre nas catacumbas do inferno e nada jamais acalentará meu pranto.

Eu trago trancado em mim o inferno no qual me trancaram e jamais permitiria despejar tal destino contra teus ombros miúdos, ainda em processo de crescimento e formação.