Eu cataclismo eu mesmo. Arrancando pelos olhos o coração pulsante do mundo.

Estar no mundo por si só o deforma e as deformações cedo ou tarde batem à porta, ao vidro do carro a vender balinhas ou mendigar moedas e notas de baixo valor monetário.

Me apoio no mundo que carrego nas costas: uma corcunda a abrigar toda uma bagagem cultural.

Evaporo pelos poros embolorando os mundos com pólen, meu farelo germinativo.

Eu modulo a informação: internar o mundo entristece, desinternar o mundo alegra.

Eu rejo o mundo com sortilégio.

Pesco no ar uma visão de um mundo que sobreviva a minha densidade apocalíptica.

Eu não fendi o mundo mas sofri em razão de suas rupturas.

Despertei meus olhos pro mundo e degradado estou pelas visões.