13 Quotes by Paula Fábrio
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Viajar é uma forma de sonhar. Também um modo de fugir. Um velho truque para ser outro. Ou na verdade, para ser você mesmo. Quando foi a última vez que fui eu mesma?
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E assim desembarcaríamos em Madri, na hora gélida. Madrugadas de primavera teimam em nos avisar, calma lá, isso aqui não é o Brasil, isso aqui é cortante, e escuro e sombrio.
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Apartadas ao pé da pia, as mulheres como que expulsas de si, cortando tomates e celebrando o dom de estarem casadas. Mas uma linha imaginária sempre as separou de seus homens, afinal de contas eles julgavam saber mais de política, mais de bocha, e francamente estavam convencidos de saber mais de suas mulheres que elas próprias.
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Todos naquela família deveriam manter a postura dobrada, os olhos no bico do sapato e pouca ou nenhuma vontade de descobrir o mundo distante dali.
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Agora estou em Madri, lendo "Paris é uma festa", desejando novas histórias e apagando outras. Escrevendo para apagar. Ou lembrar de outra forma.
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Do trem já se avista. O amontoado de prédios. Blocos impermeáveis, onde a vida não gruda. Todos geminados. Centenas de famílias engavetadas em tijolos vermelhos. Bicicletas e baldes e penicos infantis, apertados na varanda com grade. São pequenos ninhos, se olhando de longe.
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Faça-me o favor, por nada eu queria permanecer ali, em visita à sua velhice. Em visita ao meu futuro. A relação com os pais deveria ser menos obrigatória. E eu pensava, onde há amor em mim?
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As lembranças daqueles dias [...], essas sim, marcavam território. Por essa razão, tomei o livro da bolsa. Para me omitir. Lia empolgada, sequestrada da vida.
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Ao longo do caminho, cruzamentos, alças, anéis. Nós viários. Luis, o pé torto, a barba cerrada, a teimosia da lembrança. E mais asfalto, terra amarela, vastidão plana. Galpões isolados. Ninguém. Ninguém. Meu pai.
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